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Será que apenas Assassin’s Creed Shadows está sendo inconsistente com a realidade?

Assassin's Creed

Assassin’s Creed Shadows finalmente foi lançado e junto com ele veio toda a polêmica envolvendo um dos protagonistas, Yasuke, o samurai negro. Muitos alegaram que Yasuke nunca foi samurai ou se quer existiu e que a Ubisoft está sendo inconsistente com a realidade, mas desde quando a série fiel a nossa história?

Desde o lançamento do primeiro título, a franquia cativou jogadores ao oferecer uma mistura de ação, aventura e narrativa envolvente, tudo isso ambientado em cenários históricos ricos e detalhados. No entanto, como toda produção que mistura ficção e realidade, Assassin’s Creed também cometeu algumas inconsistências históricas ao longo dos anos. Neste artigo, vamos explorar as maiores falhas históricas da franquia, analisando como a Ubisoft, desenvolvedora da série, manipulou eventos históricos para criar sua narrativa.


1. A Manipulação de Personagens Históricos

A série Assassin’s Creed é famosa por incluir figuras históricas famosas como parte da trama, colocando-as no centro dos eventos que moldaram a história. Embora muitos desses encontros sejam emocionantes e bem escritos, há diversas inconsistências em relação à forma como esses personagens são retratados.

O Caso de Leonardo da Vinci em Assassin’s Creed II

Em Assassin’s Creed II, Leonardo da Vinci é um dos personagens centrais, ajudando o protagonista Ezio Auditore com invenções e até atuando como um mentor. Embora a relação entre Leonardo e Ezio seja fictícia, o maior problema aqui é a maneira como o próprio Leonardo é retratado. Historiadores questionaram o anacronismo de suas invenções, como os esquemas de voo e armamentos, que, na realidade, nunca foram concluídos ou desenvolvidos na época.

Embora a presença de Leonardo no jogo tenha sido fascinante para os jogadores, a criação de invenções futurísticas para o personagem, sem considerar totalmente a cronologia histórica, é um exemplo claro de uma inconsistência histórica.


2. A Ordem dos Assassinos e os Templários

A luta entre Assassinos e Templários é o coração da franquia, mas muitos aspectos dessa disputa foram grandemente fantasiados para criar uma narrativa empolgante. Na história real, os Templários foram uma ordem religiosa medieval, mas a relação com a Ordem dos Assassinos é, na verdade, mais ficcional do que histórica.

A Ordem dos Assassinos na História Real

Embora a Ordem dos Assassinos tenha existido no século XI, ela não tinha absolutamente nada a ver com a luta contra os Templários, como mostrado nos jogos. A verdadeira Ordem dos Assassinos foi uma seita política e religiosa que atuava principalmente na Persia e Síria, com o objetivo de combater o império Seljúcida. A relação com os Templários foi criada pela Ubisoft para fornecer um pano de fundo para os conflitos da série, mas não existe nenhuma evidência histórica que sugira qualquer confronto direto entre essas duas organizações.

Essa licença criativa gerou várias inconsistências que, embora interessantes para a narrativa, distorcem a realidade dos acontecimentos históricos.


3. A Influência dos “Eden Pieces” (Pedaços de Éden)

Um dos maiores elementos fantásticos da série Assassin’s Creed são os chamados Pedaços de Éden, artefatos que possuem poderes extraordinários, como o controle da mente ou manipulação do tempo. Esses artefatos são apresentados como elementos cruciais para o desenrolar da história, mas eles são, claramente, ficção pura.

A História Real dos Pedaços de Éden

Embora a série baseie muitos de seus cenários e personagens em eventos históricos reais, os Pedaços de Éden são invenções da Ubisoft. Não há nenhum indício histórico de artefatos poderosos com as habilidades descritas nos jogos. As relíquias históricas que são mencionadas, como a Maçã do Éden, são usadas para dar um ar de mistério à narrativa, mas o conceito de objetos com habilidades sobrenaturais não se baseia em qualquer dado histórico real.

Esse elemento, embora cativante para os fãs de ficção científica e fantasia, é uma das principais inconsistências em relação à precisão histórica da franquia.


4. A Representação das Cidades Históricas

Outra característica marcante de Assassin’s Creed é sua recriação detalhada de cidades históricas, como Roma, Paris, Constantinopla e Cairo. Embora as recriações sejam impressionantes e muitas vezes impressionantes visualmente, algumas inconsistências em relação aos períodos históricos são evidentes.

O Caso de Constantinopla em Assassin’s Creed: Revelations

Em Assassin’s Creed: Revelations, Constantinopla (atual Istambul) é retratada durante o século XVI, sob o domínio do Império Otomano. Porém, o jogo faz uso de elementos da arquitetura e da cultura que não estavam presentes na cidade na época. Muitas estruturas e edifícios exibidos em Revelations são, na verdade, mais modernos do que a cidade de Constantinopla poderia oferecer no século XVI.

Além disso, o jogo dá liberdade criativa na forma como os eventos históricos se desenrolam, o que pode confundir os jogadores sobre a verdadeira cronologia dos acontecimentos.


5. A Convergência entre Ficção e História: O Impacto das Conexões

A série também inclui elementos que são conectados a grandes eventos históricos, como a queda de Roma, a Renascença Italiana, e as Guerras Napoleônicas. Embora os jogos façam um excelente trabalho ao ambientar os jogadores em momentos históricos importantes, algumas interpretações se afastam do que realmente ocorreu.

A Distorção dos Fatos Históricos

Em Assassin’s Creed III, por exemplo, a Revolução Americana é retratada de maneira muito mais simplificada do que os eventos históricos exigiriam. Enquanto figuras históricas como George Washington e Benjamin Franklin aparecem, o enredo tende a distorcer certos aspectos da política e das relações sociais da época, criando um enredo mais apropriado para o jogo, mas menos fiel à complexidade dos eventos.


A Linha Entre História e Ficção em Assassin’s Creed

Embora a franquia Assassin’s Creed tenha feito um excelente trabalho ao trazer eventos e figuras históricas à vida, as licenças criativas são evidentes. A manipulação de personagens históricos, a invenção de artefatos poderosos e a recriação de cidades antigas com detalhes anacrônicos são exemplos de como a história foi distorcida para servir à narrativa do jogo.

No entanto, isso não diminui o apelo da série, que consegue mesclar ficção e realidade de maneira emocionante. Ao final, Assassin’s Creed é um testemunho de como a história pode ser reinterpretada e reimaginada para fins de entretenimento, ainda que com algumas falhas na precisão histórica.

Fontes: R7, Tecmundo

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